A relação da nova tecnologia com a Sociedade, Educação e a Arte
A Relação das Novas Tecnologias com a Sociedade, Educação e a Artes.
As novas tecnologias apresentam diversos prós e contras com relação à sociedade, sendo muitas delas benéficas. No entanto, em outra ótica, não podemos deixar de observar um lado sombrio e perverso que se esconde por trás deste maravilhoso avanço tecnológico. O desenvolvimento tecnológico vem deixando há muito todos boquiabertos com as inovações do mercado tecnológico. É devido a este desenvolvimento que temos acesso à informação de uma maneira extremamente rápida. Como num passe de mágica podemos ter acesso a textos contidos em qualquer canto do globo desde que faça parte da rede mundial de computadores. Com o advento da Internet, passou-se a ter acesso a bancos, supermercados, restaurantes, farmácias, entre muitas outras facilidades do cotidiano, sem sair de casa. Todavia não se pode deixar de observar o lado negativo destas novas tecnologias e facilidades. O lado que contribui com a segregação do homem. Enquanto a tecnologia barateia os custos do deslocamento da informação para o usuário doméstico, as grandes empresas também se utilizam desta mesma benesse, o que pode acarretar em uma força que age em detrimento da sociedade. Nesta análise não se pode pensar apenas na máquina da unidade de produção, que faz muitas vezes mais rápido o mesmo serviço que o ser humano, que por conseqüência desta perde o emprego. Há de serem considerados os prejuízos trazidos de uma maneira muito mais ampla. Não deve ser esquecido que as novas tecnologias fazem parte de um processo muito maior que é a globalização. Considerando este mesmo processo é sábio afirmar que as novas tecnologias contribuem e muito para a segregação dos mais pobres, a qual a globalização propaga. Esta mesma tecnologia, que serve para tantas coisas úteis no dia-a-dia, também serve como facilitadora da mobilidade do capital, e, por conseqüência disso, da própria empresa, que emprega centenas de habitantes de uma determinada cidade. Quando vislumbra que pode haver mais lucros em outro local, abandona facilmente esta região, tendo como base de mobilidade a mesma tecnologia facilitadora da mobilidade de informação.
Por muito tempo, a velocidade de propagação de conhecimentos e informações e a troca de experiências entre os diversos indivíduos ou entre grupos distintos eram demasiadamente lentas. Com o passar dos anos, uma grande transformação mudou esse panorama pré-histórico: a Revolução Agrícola. As mudanças resultantes desse processo foram profundas e, dentre elas, a domesticação de animais teve um significado essencialmente importante: o deslocamento humano por longas distâncias foi incrivelmente facilitado. E, nesse contexto, a velocidade de propagação de conhecimentos e informações começava a se acelerar. Posteriormente, uma nova revolução, iniciada em algumas poderosas e influentes nações da época, apresentou-se aos diferentes continentes: a Revolução Industrial. O aparecimento das máquinas a vapor e um pouco mais tarde dos trens e em seguida dos automóveis consolidaram o domínio dos homens sobre as máquinas. Um pouco mais tarde, conhecido o eletromagnetismo, a velocidade de propagação de informações atingiu níveis espantosos, devido ao uso do telégrafo e do telefone. Mais recentemente, o surgimento de computadores pessoais, com suas redes de comunicação globais como a Internet, coloca a humanidade frente a uma nova onda de transformações. As luzes que se acendem são de uma era em que bits valem mais que átomos e que bens materiais não são mais garantia de poder e riqueza. Atualmente, a expressão “tempo real” aparece com freqüência dando a idéia da velocidade que corre a informação através dos canais de comunicação que envolvem o globo. Portanto, após a Revolução Agrícola e a Revolução Industrial, o homem vive ultimamente a revolução do conhecimento. Não há atividade humana que resista a esse período de transição. O impacto das redes de computadores, da microeletrônica, das telecomunicações é total e pode ser sentido no trabalho, na educação, na economia, no entretenimento, nas artes, ou seja, em todas as esferas sociais. Assim sendo, o homem, segue como parte integrante, por um lado passivo e por outro atuante, nesse cenário de singularidade e de intensas mudanças tecnológicas. Desse modo, a sociedade, segundo alguns, autores é “pós-industrial” ou “informacional” e vive-se, hoje, o que se chama de “era da informação”. O microchip marcou, da mesma forma como a máquina a vapor, a eletricidade e a linha de montagem em outros tempos, um avanço único no desenvolvimento tecnológico da humanidade. Da nova economia, saem a linha de produção, os carros, o aço, a produção em massa, o marketing de massa e a mídia de massa, que distribuíam seus produtos derivados de grandes indústrias, estúdios e editoras, para entrarem os websites, rápidos como a luz numa fibra óptica, com seus conteúdos especializados e customizáveis, milhares deles, a poucos cliques de um mouse, bastando estar conectado ao ciberespaço1. Nesse contexto, vive-se um momento em que ocorre uma transformação de nossa cultura material pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico que se organiza com base nas tecnologias de informação. O processo contemporâneo de transformação tecnológica, de acordo com Castells (1999, p. 68), “expande-se exponencialmente em razão de sua capacidade de criar uma interface entre campos tecnológicos mediante uma linguagem digital comum na qual a informação é gerada, armazenada, recuperada, processada e transmitida”. Assim, é possível afirmar que interagimos em um mundo que se tornou digital. Desse modo, a história da revolução da tecnologia da informação é relatada por diversos autores, dentre eles destaco Castells (1999) e Lévy (1999), os quais abordam e evidenciam em suas análises as transformações sociais, culturais e econômicas que penetram e difundem-se em todos os campos da atividade humana, devido, primordialmente, à propagação e ao uso das novas tecnologias de informação pelos indivíduos. Nesse primeiro momento, farei um breve resgate histórico da emergência do ciberespaço, nos principais eixos da transformação tecnológica em geração, processamento e transmissão da informação, explicitando e enfatizando o contexto global em que se está inserido atualmente. De acordo com Lévy (1999), os primeiros computadores (calculadoras programáveis) surgiram na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1945. Por muito tempo, reservados aos militares para cálculos científicos, seu uso civil disseminou-se durante os anos seguintes. Os historiadores lembram, conforme Castells (1999), que o primeiro computador eletrônico pesava 30 toneladas, foi construído sobre estruturas metálicas com 2,75 m de altura, tinha 70 mil resistores e 18 mil válvulas a vácuo e ocupava a área de um ginásio esportivo. Escreve Castells (1999), que quando ele foi acionado, seu consumo foi tão alto que as luzes da Filadélfia piscaram. Tecnicamente, um computador é uma montagem particular de unidades de processamento, de transmissão, de memória e de interfaces para entrada e saída de informações, por isso ele pode ser encontrado em qualquer lugar onde a informação digital seja processada automaticamente. Conectado ao ciberespaço,
A partir dos anos 70, com a invenção do microprocessador, que é o computador em um único chip, houve uma emergência crescente de diversos processos econômicos e sociais de grande amplitude. Porém, destaco que foi só a partir dessa década que as novas tecnologias de informação difundiram-se amplamente, acelerando seu desenvolvimento sinérgico e convergindo a esse novo paradigma já referido. Após esses processos, aconteceu um crescimento na produção industrial: robótica, linhas de produção flexíveis, máquinas industriais com controles digitais, etc. Em meados de 1980, um movimento social nascido na Califórnia apossou-se das novas possibilidades técnicas e inventou o Computador Pessoal (PC) que, na verdade, se tornou o nome genérico dos microprocessadores. Aqui, considero necessário abordar o ponto de partida da globalização, que foi recorrente ao processo de internacionalização da economia mundial, ininterrupta desde a Segunda Guerra Mundial, pois foi a partir da década de 80 que se iniciou uma nova história: o mundo industrial foi sacudido por uma profunda reestruturação capitalista, sustentada tecnicamente na revolução da informática e das comunicações, devido à descentralização espacial dos processos produtivos, assim, como afirma Vieira (1998, p. 75) “a nova tecnologia influi em todos os campos da vida econômica e revoluciona o sistema financeiro, pela conexão eletrônica dos distintos mercados”. Desse modo, está havendo um redimensionamento das noções de espaço-tempo, uma vez que, através do uso das TIC(s), notícias dão a volta ao mundo, capitais entram e saem de um país por transferências eletrônicas, novos produtos são fabricados em muitos países e nenhum deles isoladamente. Nesse sentido, as TIC(s) geram a capacidade do global e do local se interpenetrarem e de funcionarem em tempo real, em escala planetária. Essa influência recíproca gera uma das fontes de dinamismo da modernidade, o que é intrinsecamente globalizante. As descobertas básicas nas tecnologias de informação, de acordo com Castells (1999), têm algo de essencial em comum: embora baseadas principalmente nos conhecimentos já existentes e desenvolvidas como uma extensão das tecnologias mais importantes, essas tecnologias representaram um salto qualitativo na difusão maciça da tecnologia em aplicações comerciais e civis, devido a sua acessibilidade e custo cada vez menor, com qualidade cada vez maior. A partir da década mencionada acima, de acordo com Castells (1999), a Revolução da Tecnologia da Informação contribuiu para a formação dos meios de inovação em que as descobertas e as aplicações interagiam e eram testadas em um repetido processo de tentativa e erro: aprendia-se fazendo. Esses ambientes exigiam, apesar da atuação on-line, concentração espacial de centros de pesquisa, instituições de educação superior, empresas de tecnologia avançada, uma rede auxiliar de fornecedores, provendo bens e serviços e redes de empresas com capital de risco para financiar novos empreendimentos. Uma vez que um meio esteja consolidado, como o Vale do Silício na época referida, ele tende a gerar sua própria dinâmica e atrair conhecimentos, investimentos e talentos de todas as partes do mundo. Desde então, o computador escapou do serviço de dados das grandes empresas e dos programadores profissionais para tornar-se, de acordo com Lévy (1999, p. 31 e 32) “um instrumento de criação (de textos, de imagens, de músicas), de organização (bancos de dados, planilhas), de simulação (planilhas, ferramentas de apoio à decisão, programas para pesquisa) e de diversão (jogos)” de uma proporção crescente da população de países, que Lévy coloca como desenvolvidos. Ao que tudo indica, a vida digital em termos de informação será cada vez mais modelável pelo usuário que poderá decidir de forma personalizada o momento mais adequado para a sua interação, uma vez que novas ferramentas estão sendo criadas e disponibilizadas na web e que podem ser acessadas de qualquer lugar do mundo, bastando que o usuário disponibilize dos recursos necessários para tal tarefa.
Portanto, esse “novo” modelo de acumulação de capital demanda dos produtores diretos de mercadorias outras capacidades cognitivas, tais como a integração entre pensamento e ação, a capacidade de comunicar-se adequadamente, autonomia intelectual e moral, criatividade e flexibilidade. Desse modo, conhecimentos e informação[1][3] são elementos cruciais em todos os modos de desenvolvimento, visto que o processo produtivo sempre se baseia em algum grau de conhecimento e no processamento da informação. A diferença na sociedade informacional é a ação de conhecimentos sobre os próprios conhecimentos como principal fonte de produtividade.
As Novas Tecnologias Audiovisuais na educação têm seus antecedentes imediatos na utilização de projetores e gravadores de som, a partir da metade deste século. O aparecimento da televisão educativa e o uso dos gravadores magnéticos de imagem e som (videocassetes), produziram um grande avanço na utilização de representações audiovisuais e verbo-icônicas nas instituições escolares. Hoje em dia, como já salientamos, a digitalização e o tratamento informático da informação audiovisual, bem como a conjugação de meios, já não nos permitem mais falar de tecnologias da informação e de tecnologias audiovisuais separadamente. Um novo conceito, que pressupõe a integração dos meios, códigos e linguagens, irrompeu com força equivalente ao grau de confusão que gerou no mundo das novas tecnologias: Multimídia. O atraso na evolução da educação, comparativamente a outros setores da sociedade - como a indústria -- ainda que preocupante, não é tão grande como a distância que pode vir a existir entre a educação tecnológica - ou educação multimídia - nos países desenvolvidos, e a educação que recebem os habitantes dos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Poderíamos, portanto, argumentar que é urgente usar as novas tecnologias por sua função liberadora, colocando-as ao alcance de todos os povos, objetivando uma maior igualdade de oportunidades. O impacto das Novas Tecnologias tem provocado mudanças na Educação, que não tarda a incorporar os últimos recursos tecnológicos direcionados ao setor. Dessa forma, a integração de novas mídias como televisão e Internet não é mais novidade estranha à sala de aula. Pelo contrário, contribui para a criação de novas estratégias de ensino, aprendizagem e auto-capacitação. As Novas Tecnologias (NT) já fazem parte da vida de muitos jovens brasileiros, porém, a maioria dos professores de Arte, não as incorporaram em seu dia a dia e muitos ainda não sabem como usa- las. É necessário e urgente prepara- los para a utilização das Novas Tecnologias no uso do aprendizado de Arte. Por necessidade própria, por evolução social , por já fazerem parte da vida dos seus alunos, para otimizar resultados com relação ao ensino de Artes e mesmo por representarem a possibilidade de uma nova linguagem de expressão artística. Mesmo que o profissional, enquanto produtor artístico, não se expresse usando as NT, como orientador deve conhecê-las, para além de entender o universo em que seus alunos trabalham e pensam, ampliar seu conceito de sala de aula, de espaço e tempo e de comunicação visual. A prática pedagógica em Arte pressupõe uma relação entre teoria e prática. Pensando no desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, as NT trazem uma infinidade de recursos aos professores de Arte. Pensar as NT e o Ciberespaço a serviço da educação é a proposta para conscientização da relevância do tema. E por fim, uma última característica desse novo modelo tecnológico refere-se à crescente convergência de tecnologias específicas para um sistema altamente integrado, no qual trajetórias tecnológicas antigas ficam literalmente impossíveis de se distinguir em separado. Assim, a microeletrônica, as telecomunicações e os computadores são todos integrados no sistema de informação.
A era digital chegou para ficar Ninguém acreditava no seu potencial Criar e inovar e o seu ideal Criar e inovar e o seu ideal Mas não é só isso pessoal Qualidade e respeito Com a sociedade é nosso ideal
O tempo vai passando E a tecnologia criando Novo potencial
Nossa sociedade Tem oportunidade De tecnologia Com ótima qualidade Temos oportunidade De nos comunicar Em qualquer lugar
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